Nesses quase cinco anos de blog (rapaz, o que será que eu vou postar no aniversário do blog? nem imagino) várias publicações voltadas a viagens de Fuscas ou de carros clássicos na estrada já apareceram. A grande realidade é que eu curti todos esses posts e não poderia deixar de escrever mais um com um exemplo de muita coragem.
A matéria que vocês veem ao final do post vem lá do Jornal O Globo e foi publicada há praticamente um mês. Nela, é contada a história dos cariocas Mateus Galvão e Igor Ferreira, dois amigos que compraram um charmoso Fusca 1967 verde caribe com a ideia de sair do RJ e ir até o Alasca. Ainda que a empreitada não seja fácil, eles toparam o desafio e ainda estão viajando. O Fusquinha se mostrou muito robusto até então. A única coisa que eu não teria feito é a instalação de uma ignição eletrônica, visto que se algum problema aparecesse, não seria tão simples de se resolver no meio do nada em relação ao platinado. Para se ter uma ideia, a própria ignição apresentou problemas. Na realidade a culpa não é do sistema, mas infelizmente a qualidade desses kits caiu muito com o passar dos anos.
É uma pena que agora os dois cariocas precisem de patrocínio, coisa que eu acredito não ser difícil pela magnitude do projeto. Sigam os caras no Instagram e prestigiem o trabalho deles.
A fonte, como de costume, está ao final do post.
Veja:
Dupla de cariocas se aventura rumo ao Alasca a bordo de um Fusca 1967
Viagem começou em setembro e não tem data para terminar
por Fabio Perrotta Jr.
Mateus e Igor são surfistas, nota-se facilmente pelas pranchas penduradas no bagageiro do Fusca - Foto: Arquivo Pessoal
Sair por aí e viajar de carro é o sonho de muita gente. Alguns querem um carro grande e confortável, outros uma van para curtir o clima hippie. Uns, no entanto, preferem a aventura. Para isso, escolhem um... Fusca. É o caso dos estudantes Mateus Galvão e Igor Ferreira, que saíram do Rio e estão rumando para o Alasca. Sim, o Alasca! Aquele estado lá no topo dos Estados Unidos, que no inverno tem média de 24°C negativos.
- A ideia surgiu em um churrasco. Um amigo dos nossos pais falou para irmos de Fusca para o Alasca. Foi só aquele papo, mas ninguém pensou que fosse acontecer. Saí do trabalho e pensei que a ideia era maluca, mas era possível. Alguns outros amigos nossos também toparam e decidimos ir de Kombi. Acontece que, na hora da verdade, a galera desistiu e ficamos só nós dois. Por isso optamos pelo Fusca - conta Mateus.
Tudo aconteceu rápido: Mateus saiu do trabalho em julho e perguntou ao amigo Igor se ele topava a ideia. Igor demorou 10 segundos pensando e decidiu que iria junto. A missão era achar um carro relativamente bom e barato para a jornada.
Mateus conta que achou o carro em Realengo, no subúrbio carioca, fechou negócio e logo colocou o carro na oficina para uma reforma rápida e revisão dos componentes. Em setembro os dois já estavam na estrada.
- A ideia surgiu em um churrasco. Um amigo dos nossos pais falou para irmos de Fusca para o Alasca. Foi só aquele papo, mas ninguém pensou que fosse acontecer. Saí do trabalho e pensei que a ideia era maluca, mas era possível. Alguns outros amigos nossos também toparam e decidimos ir de Kombi. Acontece que, na hora da verdade, a galera desistiu e ficamos só nós dois. Por isso optamos pelo Fusca - conta Mateus.
Tudo aconteceu rápido: Mateus saiu do trabalho em julho e perguntou ao amigo Igor se ele topava a ideia. Igor demorou 10 segundos pensando e decidiu que iria junto. A missão era achar um carro relativamente bom e barato para a jornada.
Mateus conta que achou o carro em Realengo, no subúrbio carioca, fechou negócio e logo colocou o carro na oficina para uma reforma rápida e revisão dos componentes. Em setembro os dois já estavam na estrada.
O Fusquinha 1967 está quase todo original. Os pneus diagonais já furaram mais de seis vezes - Foto: Arquivo pessoal
O Fusquinha verde 1967 é quase todo original. O motor é o original 1300, com sofríveis 46cv de potência na época. Com o tempo, com certeza alguns cavalos se perderam pelo caminho, o que torna o carro ainda mais fraco. Como melhoria, apenas um kit de ignição eletrônica para facilitar a partida do motor e um alternador para gerar energia suficiente para o som e entradas para recarregar o celular. O banco traseiro deu lugar a um armário de madeira reciclada para facilitar a acomodação das bagagens.
Já foram quase 11 mil quilômetros percorridos entre Brasil, Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. Hoje, o trio está no sul da Costa Rica, onde pretendem aproveitar um pouco da América Central com calma. Mateus e Igor são surfistas e sempre sonharam em curtir as ondas por lá.
Motorhome brasileiro rebocou o Fusca depois de uma pane elétrica - Foto: Arquivo pessoal
O único momento de apuros aconteceu na fronteira da Argentina com o Chile. Um problema elétrico no sistema de ignição eletrônica deixou os dois a pé no meio do nada. Ambos teriam que dormir em um posto de gasolina, com um frio de quase 2 graus negativos. Por sorte, um motorhome de duas brasileiras também estava por lá e elas rebocaram o carro até o Chile. De lá, um caminhão cegonha do Paraguai ajudou o Fusquinha a chegar em um mecânico e resolver o problema. A melhor parte disso? O conserto foi uma cortesia dos proprietários da oficina, que ficaram impressionados com a aventura.
E para quem também sonha em sair por aí viajando de carro, Mateus deu algumas dicas:
- O primordial é ter coragem, disposição e planejamento. Não é fácil ficar o dia inteiro na estrada, rodando por lugares onde não se vê nada e ninguém. A parte da alimentação também é complicada, ficamos horas sem comer em alguns dias para não atrasar o cronograma. A barreira da língua também é uma dificuldade. Nós falamos espanhol, mas tivemos alguns problemas. Não fizemos um planejamento tão detalhado quanto deveria e sofremos com isso. É necessário um planejamento bem completo para não ser surpreendido com a quantidade de pedágios, como nós fomos. Isso sem contar no susto na hora de embarcar o carro da Colômbia para o Panamá. O frete custaria quase US$ 2 mil (mais de R$ 6.500). Por sorte, conseguimos dividir um container com uma Kombi e uma moto da Argentina, o que nos salvou de gastar uma fortuna nessa parte da viagem - concluiu.
A Kombi da Argentina foi uma das que dividiu espaço no container para o Panamá - Foto: Arquivo pessoal
A aventura já chegou ao custo de R$ 30 mil (incluindo a compra do Fusca) e ainda está na metade. Esse é o principal problema. Mateus e Igor não terão condição de trazer o carro de volta. Ao chegar no Alasca, precisarão vender o carro para custear as passagens da volta. A única maneira disso mudar é conseguindo um patrocínio para fazer o caminho de volta dirigindo ou a bordo de um navio. Alguém se habilita a ajudar? Para quem se interessar em contribuir ou acompanhar a saga do trio carioca, basta procurar no instagram por @go_fusca.
Fonte: Clique aqui!
Tomara que eles consigam patrocínio para trazer o Fusca de volta.
ResponderExcluirE a questão é conseguir um patrocínio daqui com eles estando lá...não é tão fácil, mas também não é impossível.
ExcluirÉ... ai é complicado, poderia ser uma marca de surf wear a vir patrocina-los.
ExcluirSeria o ramo mais adequado pelo fato de serem surfistas. Se a divulgação do projeto for feita pra valer, até algum fabricante de autopeças poderia se interessar...
ExcluirAutopeças eu já não tenho tanta certeza, a não ser uma Fuscanet da vida.
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