Esse daqui é mais um post no estilo "Máquina do tempo", é simplesmente impossível não olhar para essa foto e não ir longe com o pensamento em alguns instantes.
Hoje em dia muitos modelos de carros, quando tirados da concessionária, nos oferecem um grande leque de acessórios que podem ser instalados antes ou depois da compra. Quando se está lá dentro da loja, sentado na mesinha conversando com o vendedor, as primeiras coisas que são oferecidas são aqueles acessórios já vindos de fábrica. Esses podem ser um jogo de rodas diferenciado, faróis ou lanternas com uma estética ou funcionamento diferente, um câmbio automático, um controle eletrônico de segurança (seja ele de estabilidade, tração etc e tal) e muitos outros. Em 1965, a VW resolveu investir em um acessório como esses que citei antes, que são adicionados ao carro durante a sua montagem, que era o teto solar, acessório que ganharia muito espaço no indústria automobilística nacional décadas depois.
O acessório que fez muito sucesso nos Escort XR3, Kadett GSI e outros modelos com pinta de esportivos (ainda que esses dois citados andem bem) que viriam anos depois era uma novidade que a VW apostava as suas fichas em 1965. Para que o público alvo fosse informado dessa nova opção, a VW resolveu veicular essa propaganda que aparece ao final do post.
Na propaganda a Volkswagen tenta convencer os seus clientes de que o teto solar é um ótimo acessório para se ter em um carro: Pode se tomar um sol com ele, sentir a brisa e ainda ter a claridade dentro do carro. Além disso, esse teto se faz diferente da grande maioria, ele é de aço, como a lataria do Fusquinha.
No entanto, as décadas de 60 e 70 na indústria automobilística foram marcadas por um tempo em que as novidades nos modelos nem sempre eram bem aceitas. Por esse motivo, o Fusquinha charmoso com teto solar (que é da minha época e motorização predileta) recebeu o "preconceituoso" apelido de "Cornowagen", acredito que eu nem precise explicar o porque. Esse fato levou ao final da produção desse modelo com teto solar e fez com que seus exemplares tornassem raríssimos no mundo do antigomobilismo.
Eu particularmente acho esse modelo muito charmoso, principalmente por ser diferente. Hoje em dia nos temos os RagTop, que são os tetos que simbolizam a tendência desse segmento nos Fusquinhas e outros VW AirCooled.
Outra observação bacana de ser feita é que na época as montadoras não se importavam se aparecesse algum modelo de outra marca nas fotos, como o Aero Willys, a Vemaguet e outros modelos que aparecem na foto.
Com certeza é uma propaganda que vale a pena ler.
Veja:
Nos dias de hoje no entanto, já ouvi casos de homem barbado que sentou e chorou quando descobriu que seu Fusca era na verdade um desses da propaganda que teve o teto tampado com chapa na época.
ResponderExcluirExatamente. É a mesma coisa quando se pegam aqueles Fuscas "Pé de Boi" (Que coincidentemente são da mesma época)que foram caracterizados como Fusquinhas comuns, com frisos, cromados e afins...
ExcluirO problema foi o apelido, que na época era desonroso para o homem (mais ainda que hoje)
ExcluirExatamente! Aconteceu exatamente como no caso do "Zé do Caixão"...Meu caro, você tem sido tão assíduo no blog que quero lhe convidar a seguir a página, aqui no canto direito, abaixo do banner do Facebook... Heheh
ExcluirPronto... já cliquei no botão.
ExcluirObrigado, meu caro!
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