Encontrei essa matéria no "Favoritos" do meu PC que iria para o antigo blog, e percebi que tinha de postar, é muito interessante!
VW Fusca: Suas linhas curvas e simpáticas inspiram graça.
Suas linhas curvas e simpáticas inspiram graça. O design que aproveita a aerodinâmica é resistente, como o casco dos besouros.
(07-06-11) - Suas linhas curvas e simpáticas inspiram graça. O design que aproveita a aerodinâmica é resistente, como o casco dos besouros. Não é o acaso que um lembra o outro. O projeto que roda pelos quatro cantos do mundo nasceu da mente criativa de Ferdinand Porche e sua equipe, foi fabricado pelo governo alemão e depois da 2ª Guerra, passou a ser vendido com o apoio dos ingleses. É um modelo de muitas histórias e paixões.
“A primeira coisa que me chamou atenção nos carros foi a forma” conta o motorista deste fusca vermelho. “Desenho carros desde os 7 anos de idade e quando, aos 9, entrei num fusca fiquei fascinado”, relembra o designer gráfico, “foi um colega do meu pai que nos deu carona para casa e eu, no banco de trás, ia apreciando o passeio”.
A Alemanha de 1930, a pedido da autoridade máxima, Adolf Hitler, precisava de um carro para o povo (livre tradução para “Volks wagen”), portanto que comportasse uma família de pai, mãe e três filhos – ou dois soldados e um fuzil. Ainda, fosse econômico, forte e barato. O fusca conseguiu atingir todos os predicados. Foi, e ainda é, o carro de muitas famílias. “Meu pai teve uns 5 ou 6. Já no álbum de casamento ele e minha mãe saíram da igreja em um”, comenta.
Símbolo de praticidade sobre rodas é o veículo mais fabricado de todos os tempos. Suas linhas permaneceram praticamente inalteradas, do primeiro ao último modelo. Considerado de proposta limpa, cuja carroceria é arredondada e simples.
“Quando decidi que ia comprar o meu besouro, queria um em que pudesse andar na cidade. É meu carro de uso entre duas ou três vezes por semana”, diz. Porém a escolha seguiu uma ordem. Primeiro tinha de ser um fusca, pois considera as linhas inspiradoras. Depois, da década de 1960, que traz muita referência artística e cultural. Por último, um motor que pudesse andar na cidade de São Paulo sem dar desgosto, portanto um 1300 (o 1500 surgiu na década de 1970, o Fuscão).
Foi navegando na web há 10 anos que encontrou este exemplar. Marcou de dar uma olhada num dia da semana depois do trabalho. “Lembro muito claramente. Era meu rodízio e fui de metrô, uma correria. Cheguei atrasado e encharcado da chuva, mas valeu muito à pena”, conta. Bateu os olhos e gostou, principalmente pelo tom de vermelho diferenciado que o remeteu diretamente à infância, lá nos anos 80, quando andou pela primeira vez num fusquinha de carona.
No dia da entrega do carro, o jovem vendedor, queria contar um pouco da história do veículo e entregar a alguém que fosse cuidar muito bem dele. Algo que passou de pai para filho, único dono, mas como o pai havia falecido, achou que era hora de passar adiante. Levou o álbum de fotos e, como são as coincidências da vida, “Hei esse é o meu pai ao lado do seu. Espera aí.” Pronto. Era o mesmo que o menino de 9 anos...
Em todas as décadas que esteve em produção suas principais mudanças foram mecânicas e nos detalhes, que entre os fusqueiros significam muito. Oficialmente lançado em 1938 sua última unidade foi produzida no México em 2003. No Brasil, primeira remessa chegou em 1950 e passou a ser fabricado em 1953, despedindo-se em 1986. Porém, por uma oportunidade de mercado, voltou em 1993 e sai de linha oficialmente em 1996.
Desde quando o designer o comprou as únicas coisas que mudou foi o jogo de rodas, que passou para as originais, e incluiu as sobrancelhas nos faróis. Os amigos sabem que o desenho do pequeno muito lhe agrada, portanto é fácil presentear, “basta me dar um fusca vermelho. Tenho uma coleção de tipos e tamanhos” conta com sorriso e revela que pretende fazer uma pequena restauração “e depois o próximo passo será tirar a placa preta.”
Causo do Motorista – Na época em que fazia MBA, na saída, foi dar carona a uma amiga. Ao parar o carro para deixá-la, dois sujeitos os abordaram para assaltar. Queriam levar a bolsa dela e, quando foi defender, o ladrão resolveu que queria levar o fusca. Aí o bicho pegou. “O fusca você não leva não!” e começou a bater no assaltante. Sorte que os bandidos não estavam armados, porque saiu batendo nem pensou em arma, nada. Como era um local movimentado, logo pararam outros carros e os assaltantes fugiram. Hoje avalia o risco que correu, “mas sem mostrar a arma, não deixo levar mesmo” atreve-se.
Fusca 1968 – O modelo brasileiro passa a ter parte elétrica de 12 volts e a oferecer a caixa de direção lubrificada à graxa, junto nova suspensão com regulagem de cambagem. Ano das cores azul-pastel (azul calcinha), azul-real, branco-pérola, verde-caribe e vermelho-granada.
Seu motorista é designer de uma importante marca de roupas e adianta que o besouro está na moda! Podem esperar fuscas na coleção Primavera-Verão da Handbook (Clique aqui).
Veja as fotos do Fusca do Designer:
Fonte: Clique Aqui!
Fusca é mais que um carro, é um membro da família que mora na garagem.
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