Ignição eletrônica no distribuidor original

sábado, 1 de outubro de 2016

Propaganda do Fusca "Pé de Boi"

Como todos nós sabemos, o Brasil é um lindo país, com um povo muito receptivo, com lindas cidades, com uma natureza linda e praticamente única. No entanto, nosso território brasileiro tão lindo é também cercado de muitos problemas que não são de hoje e nem de ontem, mas de muitos anos. Não, eu não estou falando isso por causa das eleições municipais de amanhã, mas como, muitas vezes, problemas (ainda presentes, muitas vezes) de nosso país eram "contornados" antigamente.
Um grande problema que existe no nosso país já vem de muitos anos: As estradas daqui infelizmente em boa parte do Brasil são muito acidentadas. Infelizmente a grande maioria dos nossos carros tem a sua suspensão judiada por muitos buracos, ondulações e ruas sem a menor pavimentação. Mas como era isso se voltarmos 40 anos no tempo? Sim, as estradas eram até piores. Visto isso e que também havia uma população muito maior que morava em zonas rurais em relação a hoje, a VW tratou de buscar uma solução no meio dos anos 60 que colocou os concorrentes em uma situação da necessidade de fazer algo que também obtivesse o mesmo sucesso.
A "carta na manga" da Volkswagen foi lançar o Fusca "Pé de Boi". O "pé de boi" foi um Fusca totalmente pelado, um carro que perdeu quase todos os seus acessórios tornando-o um carro focado 100% no uso. Cromados, frisos, corte no painel para o rádio, tampa do porta-luvas e outras coisas mais foram retiradas no modelo para que seu custo baixasse. Desta maneira, um Fusquinha poderia se tornar ainda mais acessível e, com menos acessórios, ter um índice menor de avarias. Por exemplo: Se em um VW convencional você poderia ter um friso amassado, em um "pé de boi" isso não aconteceria. O "pé de boi" segue praticamente a lógica de muitos modelos atuais, onde tudo é opcional.
O "pé de boi" vinha com motor 1200, como todo Fusquinha da primeira metade da década de 60. Porém, além de atender aqueles que não podiam gastar tanto ou que usariam o carro severamente, ele também teve um outro nicho de aceitação: Daqueles que não tinham como comprar um Fusquinha convencional mas que podiam instalar alguns acessórios no "pé de boi", oferecidos na própria VW. A DKW, na mesma época, oferecia um modelo de Vemaguet que tinha a mesma filosofia e, assim como o pé de boi, a maioria dos modelos já saía com muitos acessórios instalados já da concessionária. Desta feita, hoje em dia é muito difícil achar um pé de boi muito original básico. Isso também acontece com a Vemaguet (vi ao vivo uma deste modelo apenas uma vez).
Por isso, os "pé de boi", principalmente originais, tornaram-se muito raros.
O bacana dessa história toda foi a versatilidade da VW naquela época. Na metade dos anos 60 havia o "pé de boi", como modelo de entrada, o VW convencional e também o hoje também muito raro Fusca com teto solar. No mesmo carro, haviam três modelos diferentes com poucas diferenças.
Ao final do post segue uma propaganda de época que mostra toda a valentia de um Fusquinha e todos os pontos fortes que um "pé de boi" poderia ter. Daqui uns dias eu tenho um outro conteúdo do modelo para postar, fique ligado.
Veja:

 

3 comentários:

  1. Mas em compensação, ele também não tinha equipamentos que hoje nem sequer pensariam fabricar um carro sem eles, como as setas e os retrovisores externos, mas que há quase 50 anos atrás não faziam muita falta.

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    1. Hoje os "pé de boi" existem, são os plastimóveis onde tudo é opcional...hehe
      Naquela época os tempos eram outros, até a maneira das pessoas dirigirem era diferente. Quanto às setas, só há um problema: Até hoje, passados 50 anos, tem gente que não sabe usar :D

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    2. Pode crer hehehehehehehehehehehehehe

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