Ignição eletrônica no distribuidor original

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Brasília 1975 - Roberto Quintanilha

Por mais que esse blog se intitule e seja muito focado em falar de Fuscas, é impossível se falar de Fuscas sem citar todos os VW a ar, veículos fantásticos produzidos nas décadas de 50 até os anos 2000, com a Kombi. Hoje tem mais um "primo" do Fusquinha a ser mostrado por aqui.
Nos anos 70, a indústria automobilística nacional já estava muito forte e com diversas montadoras instaladas por aqui. Essa época ficou marcada por trazer carros ao Brasil com motores menores em relação a maioria dos carros produzidos na época. Nos anos 60, com exceção dos Fusquinhas, Kombis e dos DKW Vemag, quase todos os carros tinham motores enormes, tendência que foi seguida nas décadas seguintes, porém aliada aos carros compactos e ainda um pouco afetada por causa da crise do petróleo.
Diante dessa mudança de opinião do consumidor brasileiro de carros, as montadoras tiveram de investir em carros menores e mais econômicos: A Ford lançou o Corcel, a GM o Chevette, no final da década teríamos o Fiat 147 e alguns outros modelos. Já a VW já tinha uma solução acertada e que vendia muito: O Fusca. Porém, a montadora para trazer um modelo um pouco mais similar (ao menos na composição das linhas e do design de maneira geral) ao que as concorrentes traziam a época teve de ampliar sua gama de modelos, com o TL, a Variant, o VW 1600 e a Brasília, carro que vamos falar um pouquinho hoje.
A Brasília foi um carro que fez muito sucesso nos anos 70, ele era uma alternativa para quem não queria ou poderia pagar mais do que por um Fusquinha. O carro tem todo o conjunto mecânico do Fusca (motor, câmbio, suspensão, etc) porém com um maior espaço, um porta-malas muito maior e uma área envidraçada enorme se comparada com a do Fusca, por exemplo. Esse carro foi, com certeza, alguma das inúmeras vertentes que levaram praticamente todas as montadoras hoje em dia para desenvolverem carros compactos principalmente para uso urbano. Sem sombra de dúvidas, foi um carro muito a frente de seu tempo, dado o seu acerto no projeto.
Esta Brasília 1975 branca que aparece nas fotos pertence ao Roberto Quintanilha. Como vocês podem notar, dificilmente uma Brasília aparece por aqui e hoje estamos tendo a oportunidade de mostrar esse belo exemplar para vocês. Essa joia pertence ao Roberto mas não é o primeiro exemplar VW a ar que ele possui: Ele já teve um belo Fusca 1200 e seu pai ainda tem um Fuscão 1500, ou seja, a paixão por esses clássicos está na família.
O exemplar em questão tem um alto nível de originalidade. O Roberto chegou a comentar comigo que adquiriu recentemente um par de lentes para os faróis originais e fará a troca para que ele esteja caracterizado de modo que saiu da fábrica. Além disso, o carro conta com batentes nos parachoques (eu particularmente acho lindo, principalmente quando instalados nos Fuscas dos anos 70) e com um bagageiro de teto, acessório muito comum nos anos 70 e 80, principalmente com a galera surfista que descia para o litoral com seus VW a ar com as pranchas em cima aos finais de semana. Este exemplar na questão mecânica conta com um motor 1600 com carburação simples, o que dá um ótimo desempenho e dirigibilidade ao carrinho.
É um carro muito íntegro e original, as fotos falam por si e vão além de qualquer descrição.
Preparem os babadores e protejam os teclados!








Quero agradecer ao Roberto por ceder as fotos!
Quer ver seu carro aqui no blog? Me mande um e-mail. 
 

3 comentários:

  1. O fato de ela não estar com as lanternas traseiras originais é perdoável, pois hoje em dia estão pedindo preço de ouro nestas, mas enfim... eu gosto da Brasília é um carro bom de se andar e com motor injetado e aumentado para 1700 deve ser melhor ainda, mas é que quando eu vejo um Fusca, ai a paixão fala mais alto, embora eu não deixe de admirar os outros "aircooleds"

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    1. Não adianta, por mais que gostemos de Fusca, os outros VW a ar tem muito poder de nos encantar também...

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