Depois de falar do MP Lafer, venho mesmo que tarde falar de outro ícone da nossa indústria automobilística. Se você já está me dando a honra da visita, não deixe de dar um like básico na página do Facebook e seguir o blog também, tudo aqui a sua direita.
Anteontem, como relatei aqui no primeiro parágrafo, eu falei um pouco sobre os anos 70 e 80 da nossa indústria automobilística e também sobre a estratégia adotada pelas nossas montadoras para suprir o nicho de mercado que havia sido deixado pelas marcas que apenas exportavam carros para o Brasil. Naquele post, eu trouxe para vocês um vídeo de um MP Lafer maravilhoso que roda, após quase 40 anos, em perfeito estado. Hoje é dia de falar sobre um carro que já apareceu aqui algumas vezes, seja pelos exemplares que já passaram por aqui ou até mesmo pelas peculiaridades que cada modelo dessa montadora tem, o Puma. As Pumas foram esportivos fabricados nos anos 60 (ainda com motor DKW), 70 e 80, onde fizeram muito sucesso pela solução da esportividade que o carro trazia sem muitos "segredos".
A primeira característica que me vem à cabeça quando falam para mim sobre Pumas é o material que constitui a sua carroceria: Fibra. A fibra que hoje é usada somente em parachoques, paralamas e outras peças de latarias era capaz de compor todo um Puma com exceção de sua plataforma, que claro, era compartilhada do nosso querido Fusquinha. Em virtude do material que o carro era montado, ele se tornava muito leve e, por esse motivo, era muito veloz mantendo apenas a configuração original e de melhor desempenho que um Fusca poderia oferecer: Um 1600 com dupla carburação e com uma peculiaridade: A dupla Solex 40. Outra peculiaridade mecânica dos Pumas refrigerados à ar (A Puma GTB, por exemplo, usava a mecânica do Opala, um verdadeiro foguete) era o escapamento, um modelo da Kadron que se tornou muito popular entre os Fuscas nos anos 70 e 80. Há poucos dias eu escrevi um post que detalha esse escapamento.
A propaganda que aparece ao final do post é da Puma, logicamente, mas ela trata de algo que é pouco falado, que é a exportação de Pumas que havia na época. Ainda que lá fora fosse muito mais fácil se ter um esportivo com um motor grande, a Puma fez sucesso dada a sua simplicidade, ar esportivo e bom desempenho em virtude da sua relação peso x potência.
Essa nostálgica propaganda fala em detalhes quais eram os países que contavam com esse simpático carrinho de fibra nas ruas.
Veja:
E até hoje as Pumas chamam a atenção, a melhor fase desses carros sem dúvida foi entre 1968 e 1972, pois nessa época a fábrica fazia os carros de acordo com o pedido do cliente, então poderiam ter Pumas com motores 1600 mexido e inclusive motores 1800 com radiador de óleo e sistema de cárter seco, sem contar o acabamento desses carros nessa época que eram puro luxo. Ah!!!!! tem também os Pumakits que podiam incrementar a potência até mesmo de um simples motor 1300 e deixa-lo render o mesmo que um 1500 original.
ResponderExcluirOs PumaKits são simplesmente fantásticos. A solução que eles tinham para motores originais era muito bacana e pra lá de engenhosa. Infelizmente os tempos são outros, mas esses carros deixaram muita saudade pelas peculiaridades que carregavam.
ExcluirSim, outro Puma da hora era o P-018 com suspensão traseira de Variant e motor 1700.
ExcluirO P-018 era um carro super equilibrado em virtude da suspensão IRS e um fôlego a mais no motor.
ExcluirE do tanque de gasolina que ficava atrás do motor, como na Kombi.
ExcluirBem lembrado. Uma característica encontrada em pouquíssimos VW a ar.
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