Ignição eletrônica no distribuidor original

terça-feira, 16 de agosto de 2016

VW "Zé do Caixão" roda diariamente na cidade

Com o passar dos últimos anos eu aprendi que existem muitas coisas boas e ruins no mundo. As ruins eu nem preciso descrever, basta se olhar ao redor e vê-las aos montes, não se precisa ir muito além para se ver algo de errado sendo feito pelo ser humano. Mas, por outro lado, nesse nosso universo existem coisas muito boas, porém nem sempre elas estão ali, ao nosso alcance. Para que possamos nos aproximar delas, precisamos procurá-las. E uma forma de procurar é pesquisando. Aprendi que através de pesquisas acha-se tudo o que se gostaria de ver, saber, conhecer a aprender.
O conteúdo de hoje é uma prova viva disso. Há algumas semanas, eu procurava algumas informações para inserir em um outro post, e acabei me deparando com essa matéria do Jornal Estadão, que já completou dois anos de publicada.
Há pouquíssimos dias eu postei por aqui um VW Type 3 Squareback, em que cheguei a brincar ao compartilhar o link no Facebook dizendo ser a "Variant dos gringos". Pois bem, o VW 1600, carro que mostro mais uma vez a vocês hoje também é inspirado na mesma linha.
Eis aí mais um modelo que acabou tendo uma má fama muito injusta: No final dos anos 60, a VW investiu em lançar um carro no Brasil com quatro portas, mais espaço interno e com a confiável mecânica refrigerada a ar. Pelo fato de carros com quatro portas ser algo muito novo na nossa indústria automobilística naquela época, o carro pouco ficou em linha devido ao baixo número de vendas. Por outro lado, era um dos carros preferidos pelos taxistas, dado o ganho de espaço e a baixíssima manutenção.
E esse carro conta com uma peculiaridade: É o único modelo que seguia as tendências da linha Type 3 que não usava o famoso "motor plano", solução engenhosa adotada pela VW nos TL, Variant, Karmann Ghia TC e SP2.
A matéria fala por si. Um carro com quase 50 anos, mais de 200 mil quilômetros rodados mostrando toda a sua durabilidade.
Veja:

VW 'Zé do Caixão' roda diariamente na cidade

Apesar de ser um modelo raro e de 1969, leitor utiliza o sedã no dia-a-dia e o mantém impecável.

Escrito por: Rodrigo Samy

Rafael Arbex/Estadão
VW 1600 está impecável, embora registre mais de 227 mil km no hodômetro
 
O publicitário Enio Vergeiro, de 55 anos, é um colecionador de antigos diferente da maioria. Ele tem um Volkswagen 1600 feito em 1969 e roda com sua raridade praticamente todos os dias da semana.
Muitos antigomobilistas, habituados a rodar com seus clássicos raramente, podem considerar a prática de Vergeiro um sacrilégio. Porém, ele diz que faz questão de circular com seu Volks pelo prazer de dirigir e a facilidade de mantê-lo.
“Uso o carro para ir ao trabalho e a encontros de antigos na capital”, explica Vergeiro. O selo no para-brisa atesta que o motor ainda esbanja saúde. “O sedã nunca foi barrado na inspeção ambiental”, gaba-se.
A paixão do leitor surgiu pelo fato de o VW 1600 ter sido um dos primeiros compactos do País a oferecer carroceria com quatro portas. “O modelo foi bem aceito pelos taxistas. Talvez por isso não tenha emplacado entre clientes de melhor poder aquisitivo”, pondera.

Comprado em 2003, por meio de um anúncio na internet, o sedã é o exemplar de número 700 de uma série de produção que se iniciou em 1969 e terminou em 1971.

Quando chegou à garagem de Vergeiro, o Volks estava em perfeito estado. Para mantê-lo conservado, mesmo com 227 mil km de uso, o publicitário investe em manutenção preventiva. “Como a base mecânica é a mesma do Fusca, é muito fácil encontrar qualquer peça”, conta.

Com motor quatro-cilindros de 60 cv, o 1600 tem carburador simples e transmissão de quatro velocidades. De acordo com medições de fábrica, a velocidade máxima é de 131 km/h.
‘Zé do Caixão’
O apelido que imortalizou o modelo foi inspirado em suas linhas retas e nas maçanetas parecidas com as alças de um caixão. “E na época de seu lançamento, os filmes do cineasta Zé do Caixão estavam em alta”, explica Vergeiro.


Fonte: Clique aqui! 

Um comentário:

  1. Na verdade, o "nosso Zé do Caixão" é o Notchback que foi rejeitado lá na Alemanha justamente pelas formas serem quadradas demais, com uma diferença, lá na Alemanha ele tinha só duas portas, ai como "lá" não quiseram, mandaram o projeto pra cá, onde praticamente só acrescentaram as portas na traseira e os faróis quadrados e colocaram a venda por aqui, que por sinal, também "não virou", mas apesar da falta de beleza é um carro excepcional, já andei como carona no banco traseiro de um e o carro é muito macio, anda muito bem e é espaçoso.

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